MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO PARA CRIANÇAS AUTISTAS
UNIVERSIDADE
ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA
MÉTODOS
DE ALFABETIZAÇÃO PARA CRIANÇAS AUTISTAS
Autores:
Geisiane Fernandes silva e Márcia Lúcia de Almeida
Orientador:
Jorbson Bezerra Barros
INTRODUÇÃO
O
presente trabalho trata do processo de alfabetização de crianças autistas. Além
disso, Aponta dentro da legislação Federal e municipal dispositivos que
asseguram-lhes o direito à educação especializada nas escolas regulares como
forma de promover a inclusão social. Também faz uma análise acerca das dificuldades
enfrentadas pelos professores no processo de alfabetização dos autistas,
provenientes, em grande parte, da falta de qualificação profissional. E por
fim, apresenta algumas metodologias, que funcionarão como ferramentas, capazes
de enriquecer o conhecimento dos educadores, sobre as dificuldades e
necessidades dos alunos com o transtorno do espectro autista, bem como promover
a inserção dessas crianças no ambiente escolar.
O
autismo é definido como transtorno invasivo do desenvolvimento que envolve
graves dificuldades nas habilidades sociais e comunicativas do indivíduo.
Aqueles que apresentam o transtorno, em regra, possuem déficit na comunicação
social, padrões de comportamentos repetitivos, estereotipados e repertório
restrito de interesses.
O conhecimento atual sobre o autismo
é fruto de uma parceria entre pesquisadores comprometidos e pais dedicados a
seus filhos que buscam tratamento para melhorar as condições de vida de todos,
principalmente no que diz respeito à convivência social. É indiscutível que
parte considerável desse convívio social é vivenciado no ambiente escolar. Por
essa razão, torna-se imprescindível que o processo de educação, responsável
pelo aprendizado da criança autista e sua inserção no meio social, seja
especializado.
Visando assegurar o direito dos
autistas à educação especializada, a presidenta Dilma Rousseff sancionou a Lei
Nº 12. 796 de 04 de Abril de 2013 que estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional e altera alguns dispositivos da lei anterior de 1996.
Seguindo a mesma linha, o prefeito da cidade de João Pessoa – PB, Luciano
Cartaxo, também sancionou a Lei Ordinária 12.628 de 12 de Agosto de 2013 que
dispõe sobre a Implantação de Assistência Psicopedagógica na Rede Privada de
Ensino no Município de João Pessoa - PB.
Todavia, na realidade o que
observamos são escolas repletas de educadores despreparados e sem formação
adequada para atender às necessidades das crianças que precisam de um
acompanhamento e de uma metodologia aperfeiçoada para alcançarem os objetivos
almejados. Tal constatação fica evidente quando analisamos, a seguir, os dados
de pesquisa realizada com 100 (cem) professores da rede pública e privada de
escolas do bairro do Rangel em João Pessoa – PB.
Analisando
o gráfico, percebe-se que a maioria dos educadores possuem apenas a educação
básica, ou seja, o ensino médio ou magistério, o que não lhes garante uma base
sólida e dificulta o conhecimento de novas práticas pedagógicas voltadas para a
ajuda de crianças com necessidades especiais na escola. Em outras palavras, não
tiveram a oportunidade de conhecer disciplinas voltadas para a educação
especial, assim como os professores graduados.
Por tudo que foi exposto e visando
auxiliar os professores na promoção do conhecimento e inclusão das crianças com
autismo em sala de aula, apresentamos alguns métodos de intervenção para
alfabetização e aprendizagem:
Ø MÉTODO
PECS – É conhecido mundialmente por está ligado aos
componentes incitativos da comunicação por meio da utilização de figuras.
Ø MÉTODO
TEACCH – Trabalha-se a linguagem receptiva e a expressiva. Para
tanto são utilizados estímulos visuais como fotos, figuras ou cartões, além
estímulos corporais.
Ø MÉTODO
MONTESSORI – Trabalha a educação da vontade e da
atenção, com a qual a criança terá a liberdade de escolher o material a ser
utilizado proporcionado a cooperação.
Ø MÉTODO
ABA –
Incentiva o conhecimento através de materiais concretos cientificamente
desenhados, para acrescentar o pensamento conceitual e levar abstração.
CONCLUSÃO
Hoje
já existem vários métodos que podem ser utilizados no processo de aprendizagem
dos autistas, porém falta qualificação profissional para aplicá-los com
eficiência. Nesse sentido, a figura do professor é fundamental. Criatividade,
dedicação e conhecimento, acima de tudo, são habilidades que não podem faltar a
este educador. Revestido com esses pré-requisitos, o docente estará apto para
adentrar no “mundo singular” do autista e dá início ao processo de
alfabetização.
REFERÊNCIAS
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família. 5 ed. Rio de Janeiro: Wak editora, 2014.
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<www.revistaautismo.com.br/edic-o-0/aba-uma-intervenc-o-comportamental-eficaz-em-casos-de-autismo>
Acesso em 22 Mar. 2015.
SILVIA,
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Janeiro: Editora Objetiva, 2012.
VIEIRA,
Soraia. O que é o pecs. Disponível em:
<www.revistaautismo.com.br/edicao-2/o-que-e-pecs> Acesso em: 20 Mar.
2015.
VILLELA,
T.; LOPES, S.; GUERREIRO, M. Os desafios da inclusão escolar no Século XXI. Disponível
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