Distúrbios de aprendizagem - Definição; Os mais comuns e os profissionais que podem identificá-los.
Distúrbios de aprendizagem
Quando ocorre uma falha no processamento das informações recebidas pela criança, adequadamente, através do meio externo (visuais, auditivas e cinestésicas), e ela não consegue integrar, processar e armazenar tais informações isto dificulta o processo de saída seja pela leitura, escrita e cálculo. A este acontecimento podemos atribuir que ele esteja associado a um distúrbio de aprendizagem, caracterizado por uma disfunção no SNC (Sistema Nervoso Central).
Com isto, podemos dizer que a pessoa nasce com distúrbio e que na maioria das vezes tem sua origem genética e hereditária. Mas em alguns casos poderá ser adquirida, por exemplo, a afasia (perda de linguagem) manifestada por pessoas que sofreram um acidente vascular cerebral, e que pode ter algumas das suas habilidades prejudicadas e com isto apresentar o distúrbio.
Um diagnóstico precoce alcançará resultados significativos e ajudará no tratamento, além de uma boa e correta orientação a família e escola. Este diagnóstico normalmente é fechado por uma equipe multidisciplinar e poderá ser composta por:
- Psicopedagogo;
- Psicólogo;
- Psiquiatra;
- Pediatra;
- Fonoaudiólogo;
- Geneticista;
- Oftalmologista
- Neurologista entre outros.
Entre os distúrbios de aprendizagem temos: Dislexia, Disgrafia e Discalculia. Abaixo um breve resumo destes distúrbios que afetam as habilidades da escrita, leitura, numérica, desenvolvimento motor e cognitivo.
Dislexia: É uma dificuldade de aprendizagem de origem neurológica. É caracterizada pela dificuldade com a fluência correta na leitura e por dificuldade na habilidade de decodificação e soletração. Essas dificuldades resultam tipicamente do déficit no componente fonológico da linguagem que é inesperado em relação a outras habilidades cognitivas consideradas na faixa etária.
O diagnóstico é feito pela equipe multidisciplinar, que utilizam uma avaliação minuciosa e de exclusão, ou seja, será investigado se a criança possui déficit intelectual, disfunções ou deficiências auditivas e visuais, lesões cerebrais (congênitas e adquiridas),desordens afetivas anteriores ao processo de fracasso escolar (com constantes fracassos escolares o disléxico irá apresentar prejuízos emocionais, mas estes são consequências, não causa da dislexia).
Para o tratamento da dislexia será necessário levar em conta a realidade sócio-cultural de cada aprendente, e deverá ser respeitada a individualidade de cada um. Dependendo da idade do paciente são utilizados materiais lúdicos como computador, jogos, brinquedos para uma estimulação indireta ou exercícios direcionados, sendo uma terapia mais diretiva.
Disgrafia: Alteração da escrita que a afeta na forma ou no significado, sendo do tipo funcional. Perturbação na componente motora do ato de escrever, provocando compressão e cansaço muscular, que por sua vez são responsáveis por uma caligrafia deficiente, com letras pouco diferenciadas, mal elaboradas e mal proporcionadas.
De forma geral, a criança com disgrafia apresenta uma série de sinais ou manifestações secundárias motoras que acompanham a dificuldade no desenho das letras, e que por sua vez a determinam. Entre estes sinais encontram-se uma postura incorreta, forma incorreta de segurar o lápis ou a caneta, demasiada pressão ou pressão insuficiente no papel, ritmo da escrita muito lento ou excessivamente rápido.
Discalculia: É um problema causado por má formação neurológica que se manifesta como uma dificuldade no aprendizado dos números. Essa dificuldade de aprendizagem não é causada por deficiência mental, má escolarização, déficits visuais ou auditivos, e não tem nenhuma ligação com níveis de QI e inteligência.
Crianças portadoras de discalculia são incapazes de identificar sinais matemáticos, montar operações, classificar números, entender princípios de medida, seguir sequências, compreender conceitos matemáticos, relacionar o valor de moedas entre outros.
Referencias:
http://www.dislexia.org.br/
http://www.brasilescola.com/doencas/discalculia.htm
http://www.appdae.net/disgrafia.html
http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=339
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