Como saber se seu filho tem problemas na aprendizagem?

O primeiro bimestre está começando. Foi dada a largada para as primeiras provas e notas. É o momento correto de iniciar o acompanhamento do desempenho escolar de nossas crianças, assim, caso haja alguma dificuldade, temos tempo hábil para orientar pais e filhos.
Pesquisas estimam que 40% dos alunos das séries iniciais tem algum problema de aprendizagem, mas apenas 6% deles tem distúrbios neurológicos.
Muitas destas dificuldades advém de falhas do método de ensino. Algumas vezes o professor não conhece o desenvolvimento esperado da criança, as salas são muito numerosas e as crianças recebem pouca atenção.
Outros fatores como dificuldades de visão, problemas na escuta (muitas vezes até causadas por repetidas crises de otites, alergias...) podem prejudicar muito a aprendizagem da criança. Má alimentação, sono insuficiente ou noites mal dormidas, além de dificuldades de cunho psicológico como separação, morte de um ente querido, medos, raivas e ansiedade mal trabalhadas ou nascimento de um irmão podem contribuir para que algo na escola fique diferente.
Apesar de muito se falar hoje de problemas como Déficit de Atenção, Dislexia, por exemplo, muitas crianças não são diagnosticadas - ou ainda diagnosticadas erroneamente- e tem sua situação em sala de aula piorada. Sem contar naquelas que nunca puderam passar por um especialista (psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo, entre outros profissionais).
O professor não tem a obrigação de diagnosticar o aluno, mas ele, por acompanhar de perto aquela criança no dia a dia, percebe alterações que podem ser uma boa pista aos pais que algo não vai bem com a criança. E as pontuações do professor não devem ser consideradas pelos pais como uma crítica à criança ou a eles próprios e sim como um auxílio ao  desenvolvimento do aluno. E isto é um sinal de que o professor está atento ao seu filho! Ele é seu parceiro!
Seguem dicas para que você possa saber se há algo de errado com a aprendizagem de seu filho:
1. Acompanhe o desempenho dele. Está muito abaixo dos outros colegas da sala? Não é comparar as notas na intenção de competir e sim de entender se está tudo bem na escola, se aprende os conceitos básicos da série que estuda, se atinge os objetivos pedagógicos estipulados.
2. Ela se esforça demais para ter resultados medianos? É lenta demais para executar as tarefas? Escreve ou lê muito perto do livro? Pergunta várias vezes sobre algo que você fala, a competindo a repetir muito uma informação, o famoso hã????
3. A criança não quer ir na escola, reclama de dor de barriga, dor de estômago e reclama de colegas e da professora;


4. Costuma dizer que as lições são muito difíceis, as entrega incompletas, enrola ao máximo para fazê-las;
5. O desempenho caiu de repente e a auto estima da criança fica bem em baixa;
Estes são alguns sinais que ajudam os pais a levarem a criança para uma avaliação. Vá às reuniões escolares, ou se não tiver tempo, peça para alguém de confiança ir e contar-lhe como foi. Acompanhe as tarefas da escola. Conheça outras mães e amigos. E por último, mas não menos importante, confie e escute a professora do seu filho. Alterações de comportamento e na aprendizagem tendem a acontecer primeiro na escola.
Não sinta que um pedido de avaliação de seu filho por um psicólogo ou psicopedagogo seja quase como que um xingamento a ele ou a uma forma de dizer que você não é uma boa mãe. Apenas estão ajudando a fazer o futuro de sua criança ser mais fácil e feliz.
Se a avaliação nada der, ótimo, se algo precisar de mais atenção, você será orientada e seu filho acompanhado para que seu dia a dia escolar seja mais fácil. Cuidar da escolaridade de seu filho também é um ato de amor.

Procure um psicopedagogo ou psicólogo de sua confiança.

Por Vivian Camila.

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