A importância do afeto na aprendizagem



Diariamente,  todos nós escutamos falar da importância que tem o amor, o carinho, a confiança e o respeito nas relações familiares.  A família é nosso porto seguro, é o primeiro lugar  onde aprendemos a conviver com outros humanos, com suas regras, vontades, possibilidades... Daí  vem a escola. Aquele local escolhido a dedo pelos pais, que acolherá nosso anjinho sem asas, nossa melhor obra prima.

É neste ambiente que, no início, mães saem com lágrimas nos olhos, com um sentimento de dor e alívio, tentando fazer de tudo para confiar que nossa criancinha será bem tratada, querida e que, de quebra, receba uma boa educação. Mas porque quando estamos exercendo nosso papel de educador, por alguns instantes nos esquecemos desta máxima que procuramos ao buscar uma escola para nossas crianças?

O afeto não é apenas um amor incondicional, e sim sentimentos que muitas vezes nos movem a fazer várias coisas, inclusive a aprender.  Por exemplo, quem não aprende melhor a língua inglesa lendo e escutando a letra da sua banda preferida? Quem não lembra facilmente da geografia de um lugar que pode conhecer, colocar a mão na terra, sentir o cheiro da maresia? E a aula de biologia que fora dada no jardim da escola, numa caça ao tesouro de folhas e flores...

Obviamente, se pensarmos em pré escola ou até nos anos iniciais do fundamental, fica mais claro entender a importância de uma criança vincular-se positivamente a um professor para aprender mais facilmente. Depois, com a inclusão de salas maiores, mais professores e mais matérias para serem apresentadas, tendemos a não dar muito valor aos sentimentos na escola.

Autores como Wallon, estudam a importância do afeto na educação. Este autor coloca que os sentimentos são uma importante forma de comunicação que a criança tem com o mundo. Se esta criança não for orientada a falar sobre seus sentimentos, e do outro lado, não tiver um professor que acolhe estes pensamentos e sentimentos, como aprender bem? Ouvi uma vez de uma professora muito querida que o professor era a segunda chance na vida de uma criança. Levo isso como verdade pétrea.  Não importa a fase da vida em que estamos, se um professor está preparado para ministrar sua matéria e pronto para se relacionar com seu corpo discente, não terá alunos, terá discípulos, poderá mudar vidas.

Obviamente não serão psicólogos, nem médicos, nem casamenteiros nem advogarão em todas as causas dos alunos, mas estarão atentos aos seus problemas e às suas facilidades, formarão pessoas com capacidade de não apenas trabalhar com as matérias que estão na lousa, mas de entender e colocar-se no lugar de um colega e de traçar um plano de como ajudá-lo. E não é de pessoas assim que o mundo está precisando?


Olhem  a importância do trabalho de um professor. Claro que, muitas vezes, ele não estará em seu melhor momento de vida e poderá afastar-se um pouco de sua nobre caminhada. Mas com certeza será acompanhado pelos seus alunos que o apoiarão, pois aprenderam, com ele a entender e expressar seu afeto. A obrigação da escola é conhecer seus alunos e ensinar as matérias com efetividade. Mas de bônus, um com bom professor, ensina com qualidade e afetividade. Que tal olhar nos olhos de seus alunos hoje?


POR VIVIAN CAMILA

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