Nem todas crianças são iguais
Hoje, com a
política de inclusão nas escolas, nossas crianças estão tendo contato com
outras crianças muitas vezes um pouco diferente delas. Crianças que não ouvem
,não veem, não param quietas, brigam demais, não entendem o que a professora
explica ou tem dificuldades de locomoção.
Pesquisas
indicam que estas crianças desenvolvem-se muito na companhia das crianças que
tem mais facilidades que elas. Além disso, esta conivência fortalece a sensação
de pertencimento destas crianças e de seus familiares.
Este dia a dia
também ajuda muito as crianças ditas ‘normais’. Convivendo com outros alunos que
possuem necessidades diferentes das delas, aprendem a serem mais tolerantes, a
colocarem-se no lugar dos outros, a serem mais solícitas, mas não conseguem
nada disso sem a ajuda de um adulto.
Professores,
pais e familiares tem que atentar-se ao que as crianças contam de seu dia a dia
escolar, devem frequentar a escola de seus filhos, conhecer coleguinhas e seus
familiares. Adultos não devem permitir, de forma nenhuma, gozações, xingamentos
entre as crianças, por exemplo. Devem auxiliá-los a entender e conviver com as
diferenças, afinal isso faz tanta falta nos dias de hoje! Como podemos ajudar?
*Conheça o
amigo de seu filho que passa por qualquer tipo de dificuldade, motora,
sensorial, de comportamento ou de aprendizado. Se possível for, o convide para
estudar ou brincar com seu filho.
*Aproxime-se
dos pais da criança com a necessidade especial. Amigos fazem muita diferença na
vida das pessoas! Às vezes você não sabe como ajudar diretamente com a
dificuldade da criança, mas se oferecer para lavar uma louça, varrer um cômodo
ou mesmo oferecer um café com um bolinho para bater um papo, pode mudar o dia
daquela família.
*Em caso de
festinhas na escola, não exclua ninguém. É muito triste para pais e crianças
verem que seus filhos não são convidados para comemorações.
*Pratique a
empatia sempre. Coloque-se no lugar do outro. Como você se sentiria se seu
filho passasse pelo mesmo problema? Como a criança se sente perante ao
tratamento que você, seu filho, os colegas ou as pessoas da escola tem para com
ele?
* Informação é
bom sempre. Caso os pais queiram contar o problema pelo qual passam, escute mas
não repasse a informação sem a autorização deles. Se não conhece a
problemática, procure informar-se antes de criticar.
Nós podemos
ajudar nossos filhos e alunos a viverem num mundo bem melhor. Basta sermos o
exemplo deles.
POR VIVIAN CAMILA
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