O adolescente e a sexualidade! Você conversa sobre SEXO com seu filho?
Hoje é o dia mundial de luta contra a
AIDS. Os índices indicam que a população
mais jovem, de 15 a 30 anos, que não tiveram tanto contato com os horrores da
doença, tem sido a população que mais tem se infectado com a doença.
Outras moléstias sexualmente
transmissíveis como a gonorréia, a sífilis, além da gravidez na adolescência
tem aumentado muito nesta população também. Com estes números pensamos... Mas
como isto está ocorrendo? Hoje os jovens tem a informação onde querem, qualquer
um tem internet na escola ou no celular. A maioria dos programas de TV tem
alguma cena ou fala que nos remete ao sexo. A escola fala sobre sexualidade...
Onde há a falha?
Uma das dicas a ciência nos dá. O
lobo frontal (parte do cérebro que fica perto da testa) é o que mais demora a
amadurecer. Acredita-se que ele estará pronto aos 21 anos de idade. É ele o
responsável pelo planejamento das ações, por avaliar o resultado do que se
fez... E, se ele ainda não está maduro, “erros” nesta avaliação podem
acontecer. O adolescente também passa por uma fase de “pensamento mágico” ou
seja, por mais que ele saiba que qualquer relação sexual traz o risco de
gravidez indesejada, ele sempre acha que com ele não acontecerá.
Mas que dificuldade, você pode
pensar. Como posso ajudar meu filho? Conversando, conversando, conversando,
dando responsabilidades a ele e conseqüências também. Assim ele vai
“fortalecendo” esta área cerebral e entendendo mais sobre as conseqüências de
seus atos. Além do mais você concorda com tudo o que vê na televisão e na mídia
em geral? Acredito que não. Então discuta com seu filho sobre o que você pensa
sobre sexualidade, relacionamentos, prevenção... Sempre de modo que ele esteja
preparado a entender, ou seja, não adianta falar de prevenção a AIDS com uma
criança de 5 anos, mas com um pré adolescente de 12,13 anos sim.
Os jovens, sempre procurarão alguém
que confiam para tirar suas dúvidas da vida. Talvez não os pais, mas um tio,
professora, madrinha, primo... E todos nós devemos estar preparados para dar a
eles a resposta cientificamente correta e coerente com nosso pensamento sobre a
questão. Este vínculo de confiança tem que ser
estimulado desde pequenino, não há como querer que um adolescente converse
sobre tudo com alguém que nunca dedicou um pouco de tempo a ele.
Outro fator. Como conversamos semana
passada, prestar atenção em seu comportamento é extremamente importante. O
adolescente quer e precisa ser observado
pelos adultos que o cercam, já que ele está em época de descoberta e conhecimento
da vida. O deixar por si só é um erro.
Como esta geração não teve contato
com os horrores da AIDS onde ídolos da juventude morriam esqueléticos e
rapidamente, eles não entendem que a doença mata e que, apesar do avanço da
medicina com os coquetéis, a vida de um soro positivo não é nada fácil. Ele tem que lutar diariamente com o
preconceito, com os efeitos colaterais da medicação (que não são poucos) e com a doença em si, que continua a matar
muitas pessoas.
Muitas crianças nascem sem um mínimo
preparo de seus jovens pais. A família acaba por criar, muitas vezes os pais
param de estudar. Não que isto seja impossível de se vivenciar, mas com certeza
traz mais dificuldades do que já se tem nesta fase. Sequelas de sífilis e gonorréia estão
deixando a saúde de jovens e crianças vindas desta união bem mais frágeis.
Apesar do tratamento ser relativamente rápido e eficiente, se não bem cuidados
podem levar à esterilidade, e a sífilis, pode chegar a uma fase que, se não for
tratada, pode atingir o cérebro e causar
cegueira, insanidade, paralisias, problemas cardíacos e até óbito. No bebê, ela
pode causar cegueira, surdez, problemas ósseos bem como deficiência mental.
Sabendo da gravidade destes problemas, vamos ajudar nossos
jovens a viverem melhor? Que tal apresentar o mundo a eles de forma mais
coerente? Junte-se ao seu adolescente, ao lado dele a vida pode ser bem melhor
para vocês dois.
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