O que é Síndrome de Prader Willi
A Síndrome de
Prader Willi é uma doença neurogenética do cromossomo 15, que acomete especialmente
o hipotálamo (área do cérebro responsável também pela adequar a questão
hormonal, regular o humor e controlar a sensação de fome e saciedade. Esta
síndrome é considerada a principal causa de obesidade de origem genética, que
acomete 1 criança entre 12 a 15 mil nascidas.
Apesar de ser
um quadro raro, o pouco movimento do bebê na barriga da mãe ou ainda uma
quantidade maior de líquido amniótico no ventre da mãe devem passar por uma
avaliação mais pormenorizada do médico que faz o pré natal. Pela fraqueza
muscular da criança, o bebê tende a precisar de cesárea para o nascimento.
Tendem a ter um baixo desempenho no teste de APGAR (teste feito nos primeiros 5
minutos de vida que indica a saúde do
bebê nos seguintes quesitos frequência
cardíaca, respiração, tônus muscular, prontidão reflexa e cor da pele.
O bebê com a
síndrome apresenta hipotonia (redução do tônus muscular), dorme demais e
apresenta pouco interesse por alimentar-se, podem apresentar refluxo,
hipoglicemia, estrabismo,dificuldade de sucção e deglutição entre outros
sintomas.
Quando
crescem, podem apresentar, atraso no desenvolvimento motor, dificuldades na
aprendizagem, instabilidade emocional, cantos da boca voltados para baixo, problemas
dentários e visuais , ovários e testículos pouco desenvolvidos, alterações
hormonais, menor sensibilidade a dor, puberdade tardia, febre sem motivo
aparente, mãos e pés pequenos, pernas em X,hipertensão, diabetes, vontade
incontrolável de comer, apresentando um apetite voraz, entre outros indícios.
É necessária a
avaliação de um geneticista e o acompanhamento de vários especialistas, entre
eles pediatras, psicólogos , fonoaudiólogos, psicopedagogos, terapeutas
ocupacionais, ortopedistas, endocrinologistas, de acordo com a necessidade terapêutica da criança.
É importante
que, quando bebês possam ter condições de alimentar-se bem e depois, na infância
ou adolescência devem ser controladas as calorias ingeridas e o gasto calórico,
já que não identificam a saciedade e tem o metabolismo mais lento, o que pode
causar obesidade mórbida.
A síndrome
ainda não tem cura, mas quando bem acompanhadas, as crianças podem ter uma vida
bem mais longa e com qualidade de vida.
Além disso,
analgésicos e antitérmicos devem ser utilizados com moderação, pois permanecem
por mais tempo agindo no organismo do portador. O refluxo gástrico do paciente
deve ser acompanhado de perto para evitar complicações pulmonares. Caso o casal
queira engravidar novamente, é importante que um geneticista os aconselhe.
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