Vício em vídeo games
Férias é tempo
de brincar!!! E, com certeza os vídeo games, celulares , aplicativos de redes
sociais e vídeos do You Tube fazem parte do período de descanso de seu filho
não é mesmo? Independente da idade que ele tenha...
É fato que este
objeto já foi, em sua casa, motivo de castigo, reclamação e até te proporcionou
um certo sossego, afinal, que mal tem a criança ficar dentro de casa e ainda
exercitar sua mente com os desafios que os games proporcionam? Mas, você sabe
quando é demais?
Você sabia que
o vício em games foi considerado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como
distúrbio mental? O CID 11 - Classificação Internacional de Doenças – irá
incluí-lo como “ Distúrbio de games”.
É bem fácil
notar quando a criança ou o adolescente está excedendo-se no uso destes
gadgets. Observe o comportamento dele e responda sinceramente às seguintes
perguntas:
-Quanto tempo
do dia meu filho passa diante destes aplicativos?
-Se ele for
proibido de usá-los, encontra outra maneira de divertir-se e passar o dia ou
desespera-se e fica o tempo todo implorando e achando artifícios para estar
perto do instrumento?
-Deixa de
fazer coisas importantes, como ir à escola, dormir, comer, tomar banho, fazer
lição de casa para jogar?
-Brinca de
outras coisas?
-Rejeita
receber amigos ou sair de casa para jogar?
-Em suas
conversas, apenas se expõe para falar de jogos ou youtubers?
-O humor dele
muda de forma drástica e constante quando perde ou quando não pode jogar?
Analisando as
suas respostas você mesmo vai compreender se seu filho precisa de ajuda
especializada ou não.
Mas, o que um
jogo pode fazer mal? Bem, várias coisas podem acontecer quando a criançada fica
em excesso ligada aos games, entre elas:
-Problemas na
postura que geram dores musculares, articulares, podendo acarretar em más
formações;
-Problemas de
visão por ficar forçando a vista num mesmo foco por muito tempo;
-Problemas de
saúde e psicológicos acarretados pela falta de exercício físico como sobrepeso,
colesterol alto, diabetes juvenil, além
do bullying, que pode gerar baixa estima e em casos mais graves depressão;
-Além da
alienação a outras coisas importantes na vida como ter amigos, viver em
família, estudar...
Como podemos
ajudar as crianças a usarem os games de forma correta?
-Incentive, desde
pequenino, a atividade física. Jogar bola, brincar de pega pega, andar de
patins, bicicleta, nadar, caminhar em parque, na cidade ou em exposições... São
tantas as opções e de vários custos, inclusive gratuitos;
-Faça a rotina
da criança acontecer. Ter hora para brincar, tomar banho, jantar pode ser chata
para o adulto que tem a vida atribulada, mas para a criança serve como um
orientador e como um preparo para a vida adulta. Óbvio que nas férias esta
rotina pode ser mais flexibilizada, mas não deve deixar de ocorrer;
-Proponha
atividades artísticas de montagem, use papel, canetinha, giz, tinta, lápis
tesoura... Hoje recebemos no consultório crianças que não sabem e não querem
brincar e desenhar, e isto não é nada saudável para seu desenvolvimento pedagógico
e psíquico;
-Estimule a
criança a conversar com outros adultos e crianças. Dependendo da idade, não há
problema em receber amigos em casa ou visitá-los.
-Estimule a
fantasia através de momentos de leitura ou temáticos como criar uma fantasia de
super herói por exemplo ou encenar uma pecinha de teatro na sala de casa.
Como pudemos
notar, para ser saudável,a criança vai depender do tempo e da orientação de um
adulto para mostrar as muitas possibilidades que a vida traz além de uma tela
de computador, celular ou TV. E isto deve ser estimulado desde a infância e não
apenas na adolescência, de uma hora para outra quando o problema tornou-se
crônico.
Mais uma vez é
indispensável lembrar que a criança copia seu exemplo, o que você faz e não o
que você fala que é melhor. De que adianta pedir para o pimpolho sair da TV se
você não solta seu celular da mão? E você, propõe-se a mostrar novas
brincadeiras e dedicar um tempinho a ele?
Antes de
oferecer um tablet ou um telefone celular para seu bebê ver vídeos de desenhos
para que ele não “incomode” num jantar, numa consulta médica ou num encontro
com amigos, pense o quanto ele pode desenvolver-se mais com sua companhia.
Por Vivian Camila - Psicóloga e Psicopedagoga - SP
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