Você sabe o que seu filho sente? E ele? Entende seus próprios sentimentos?
Muito tem se dito ultimamente
sobre educação emocional. Muitas vezes, a escola faz este papel que na
realidade, deveria ser ensinado, desde muito cedo, no seio da família ou por um
adulto significativo para criança, que,
evidente, muitas vezes é o professor.
Antigamente,
as crianças conviviam muito com outros irmãos, primos, adultos... Tinham muito
tempo para brincarem com a vizinhança na rua e sempre havia um adulto por
perto, seja pai, mãe, tios, avós, vizinhança...Era comum escutar as estórias
dos mais velhos, vivenciar, nas brincadeiras, a preparação para a vida adulta e
os sentimentos de raiva, alegria, ciúme, enfim, sentimentos que nos compõem
como seres humanos.
Atualmente, mal
tempo para amamentar a mãe tem, pois tem que voltar logo para o trabalho e não
perder seu emprego. Crianças ficam nas escolas por mais de 12 horas diárias e,
quando chegam em casa depois de um trânsito que toma o tempo de uma pequena
viagem, estão dormindo. Sobra tempo para tomar banho, comer e voltam a dormir
na hora em que os pais apagam as luzes.
A violência, a
falta de tempo e muitas vezes problemas familiares como a falta de dinheiro , desemprego ou problemas
afetivos entre as famílias (e porque não a falta de paciência e exaustão dos
pais que vivem numa eterna pressão) tiram de nossas crianças, parques,
bicicletas e brincadeiras simples, com bola, papel e pasmem! Outras crianças!
Muitas vezes
nossos filhos passam mais tempo com parentes, professores ou babás que tem sua
vida orientada de forma diferente da vida que pensamos ser coerente com nossas
percepções de mundo... E aí, o que ocorre?
Criamos
crianças com destreza maravilhosa em máquinas mas incapazes de olharem nos
olhos. Não tem habilidade em entender o quanto estamos tristes, contentes,
bravos e nem passa pelas suas cabecinhas o que gerou esta emoção e como
encontrar saídas para resolver o que estes sentimentos geram. Tem problemas de
fala e motricidade pois não foram estimuladas a falarem, se mexerem, olharem
para si ou para o outro.
O que estamos
fazendo com elas? Como estamos as preparando para o mundo? Sempre que puder,
escute seu filho, nomeie o que ele sente, ofereça ajuda para a solução dos
problemas delas, que podem, muitas vezes serem bobos para você ou ainda sentem
tão grandes para você, que, dói pensar em permitir que ele sinta tal dor e encontre
um caminho para resolvê-la. Para criança crescer psiquicamente saudável ela tem
que se frustrar sim, sentir tristeza, raiva... E você não poderá passar isto
por ela ou poupá-la dos revezes da vida.
Reserve 15
minutos do dia para olhar para sua criança ou adolescente, saber o que ele
gosta, sente, com quem se relaciona, abraçá-lo, pegar em sua mão, contar suas
experiências de vida para ele ou simplesmente olhá-los nos olhos. Permita-se
brincar, rir, conversar, ver um filme, rolar na grama. É curativo para você e o
alicerça fortemente para a vida.
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