PSICODRAMA PARA CRIANÇAS


Segundo a Psicopedagoga e Psicodramatista, Rosa Maria Silvestre Santos, a escola, precioso elemento de apoio, precisa rever continuamente a metodologia aplicada e investir na formação continuada de seus professores. Como afirma Alícia Fernández para que a criança possa aprender, nós devemos deixá-la ensinar, da mesma forma para  que aquele que ensina (professor) possa ensinar, devemos deixá-lo aprender.

Dificuldades de aprendizagem, psicomotoras, separações prolongadas, perdas traumáticas e relações conflitivas são alguns dos fatores que motivam cada vez mais pais e professores à procura por atendimento psicológico para suas crianças. Enquanto a criança está enfrentando algumas destas dificuldades os seus mecanismos de defesa são acionados e mesmo depois de aliviado por um momento, o sofrimento emocional não termina e uma das formas dele se manifestar ocorre através de alterações no seu comportamento. Estas questões ultrapassam os limites do frágil psiquismo infantil, pois sua estrutura psíquica ainda é muito primitiva e dificilmente ela irá suportar esta fase sozinha.

Através da ajuda de um terapeuta, juntamente com os pais, professores e outros profissionais da área de saúde, ela poderá processar e elaborar conflitos conscientes e inconscientes, sem contradições com o que sente, pensa e age. O Psicodrama surge como uma teoria psicológica e um método terapêutico, onde a criança é compreendida como ser ativo, social e sujeito da sua história, responsável por seus atos. Tem como instrumento a dramatização e a ação simbólica que se busca objetivar, permitindo investigar os vínculos interpessoais e suas características.

O espaço da terapia é uma oportunidade para a criança se expressar realmente no “aqui - agora” e ativar ainda mais sua espontaneidade e criatividade. Através de técnicas específicas assim como Jogos Psicodramáticos, a terapia possibilita a expressão de possíveis angústias, pensamentos e percepções do que vivencia, além de intervir na prevenção de distúrbios relacionais a longo prazo.
Léo Buscaglia acredita que o professor precisa se transformar urgentemente em professor afetuoso, precisa colocar açúcar e afeto na sua prática, despertar o aluno para o desejo de aprender, se interessar por ele, rir, chorar, tocar, abraçar, olhar nos olhos e qualificar sua presença.
Afirma Alícia Fernández que a libertação da inteligência aprisionada dar-se-á através do encontro com o perdido prazer de aprender. Muitas vezes, uma criança precisa ser encaminhada para um psicopedagogo para resgatar este prazer, envolvendo o profissional, a família e a escola.
A Psicopedagogia aliada ao Psicodrama busca resgatar o saber que a criança tem e não se dá conta que tem e propiciar autoria de pensamento, dar espaço e voz para ouvir o que a criança tem a dizer. Através dos jogos e dramatizações as crianças elaboram suas angústias e dão novo significado aos sofrimentos, trabalhando, na fantasia, os sentimentos reprimidos e as cenas da vida real.
A Psicopegagogia busca desenvolver os aspectos sadios da família e da criança e encontra no Psicodrama, uma fonte inesgotável de recursos, porque investe no resgate da espontaneidade e da alegria e no prazer de sentir-se uma criança única, original, interessante, recuperando a auto-estima perdida pelas cobranças diante de insucessos.

FONTE SITE:http://dc127.4shared.com/doc/BXlMSybl/preview.html
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